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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Entrevista a Mario Motta

O italiano Mario Motta, conceituado técnico de voleibol, foi entrevistado pelo site http://www.miguelmaia.com/. Motta esteve presente nos Jogos Olímpicos de Pequim onde, como adjunto, levou a selecção nacional italiana ao 4.º lugar. Orientou também Miguel Maia aquando da passagem do atleta espinhense por Itália. Para além de Maia, também Jacques Yoko e Roberto Reis, atletas do SC Espinho, foram orientados por Mário Motta no Crema de Itália.
1- Depois da participação em Pequim, que faz agora o Mário Motta?
Depois de ter estado muito empenhado com a selecção nacional Italiana durante todo o verão até ás Olimpíadas, agora tento passar o máximo de tempo junto da família. Não estou ligado a nenhuma equipa e deixei esta experiência com a selecção. Por agora, retornei à escola, onde sou professor efectivo.
2- E como foi essa experiência com a selecção italiana em Pequim?
A experiência na Olimpíada para quem vive do desporto é sempre maravilhosa. Ter ficado em 4º lugar, deixa uma grande amargura (não é Miguel?), sobretudo porque não conseguimos jogar com a nossa melhor equipa no jogo decisivo. Não nos podemos esquecer que na semi-final, ninguém viu em campo jogadores como Fei, Corsano e Mastrangelo. Não me lembro de ter estado num torneio tão bem nivelado como foi o desta Olimpíada de Pequim.

3- Como decorre a renovação da selecção italiana e que novos valores vão despontar?
O próximo ano será um ano de transição porque muitos titulares vão estar em repouso durante a World League recomeçando depois no Campeonato Europeu. O objectivo mais importante da selecção será o Mundial 2010 que terá lugar em Itália. Nesta renovação terão espaço seguramente dois jovens que já são titulares na A1, no Macerata e Verona, e que são o Matteo Martino (nascido em 87) e Simone Parodi (86).
4- Como está o nível do campeonato em Itália?
O nível do campeonato é sempre muito elevado em Itália, apesar de agora os campeonatos russo e polaco também estejam bons, devido à disponibilidade económica muito elevada, que lhes permitiu contratar muitos atletas campeões Americanos e Brasileiros. O nosso campeonato baixou ligeiramente, mas está muito bom na mesma.

5- Que recordações guarda da passagem de Miguel Maia no Crema, no ano em era o técnico desta equipa?
O que me ficou aqui dentro foi o carisma, a honestidade, e o respeito. Num ano que acabou muito bem, não deixaram de haver momentos de dificuldade e aqui o Miguel demonstrou qualidades extraordinárias como homem e como jogador.
6- O ano em que orientou Miguel Maia ficou na história por ter sido a primeira vez que o clube atingiu o Play-off. Como foram vividos esses momentos?
Juntos passamos um ano rico de emoções e de grande dificuldade inicial. Tivemos a ausência do oposto iraniano Mahmoudi e a lesão no ombro do outro estrangeiro, o porto riquenho João Acosta, que o impossibilitou de jogar até ao fim da época. Com estes problemas, a permanência nesta primeira volta era o objectivo prioritário. Depois tivemos na segunda volta uma esplêndida sequência de 8 vitórias seguidas que nos permitiu, pela primeira vez na história do clube, chegar a um Playoff.
7- Que planos tem para o futuro?
Espero que o Miguel me chame para treinar a selecção Portuguesa ou um clube do campeonato português. Tenho vontade de voltar a treinar uma equipa como treinador principal, para colocar em campo toda a experiência que adquiri com estes 4 anos na selecção nacional italiana. Por agora um pouco de pausa enquanto aguardo pelas propostas que me chegam.

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